Os projetos de geração de trabalho e renda desenvolvidos com grupos de produção artesanal estão divididos em dois momentos, ao longo do tempo. O primeiro período de 2002 a 2005, onde se incluem dois projetos voltados para população egressa do sistema prisional e suas famílias. Na segunda etapa, que abrange o período de 2006 a 2011, estão os projetos de geração de trabalho e renda através da estruturação de empreendimentos. Nos dois recortes apresentados, os projetos foram desenvolvidos para jovens e mulheres. |
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2002/2005 – Projetos de Geração de trabalho e renda | |
Adere – São Paulo, SPProjeto feito em parceria com a Adere – Associação para o Desenvolvimento, Educação e Recuperação do Excepcional, com um grupo de portadores de necessidades especiais, atendidos pela organização. Foram realizadas oficinas de composição de cores e formas que resultaram na criação de porta chaves. A proposta era experenciar com portadores de Síndrome de Down, o ciclo de desenvolvimento de produtos – da criação à produção, utilizando materiais que já compunham outros produtos da instituição, como madeira e cipó. O trabalho foi extremamente bem sucedido, tendo alcançado inclusive um resultado não esperado, que foi o de possibilitar aos atendidos ultrapassar a execução de um trabalho simplesmente repetitivo, com o uso de certa margem de criatividade. Veja mais fotos do projeto:
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Ateliê Mãos Dadas – São Paulo, SPO Atelier Mãos Dadas foi formado em 2000, por costureiras que freqüentavam a Paróquia de Santos Mártires, no Jardim Riviera, zona sul da cidade de São Paulo. Naquele ano, a paróquia recebeu uma doação em dinheiro de músicos alemães e organizou uma oficina com um pequeno grupo de costureiras que já trabalhavam na casa de uma delas. A nova oficina foi montada num espaço cedido pelo Centro Comunitário São José, que fica ao lado da igreja. A verba foi investida na compra de máquinas de costura e ferramentas. O grupo alcançou alto nível na qualidade de seu trabalho, tendo se especializado na confecção de uniformes, tornando-se uma referência para outras iniciativas semelhantes. Todas conseguem receber acima do salário mínimo paulista e para isso administram seu negócio com muita eficiência. Aprenderam a formar seu fundo patrimonial e a fazer os investimentos necessários. A produção e a administração do Atelier Mãos Dadas são realizadas pelas próprias costureiras. Veja mais fotos do projeto:
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Casa do Zezinho – São Paulo, SPGrupo formado pelas mães de crianças e adolescentes assistidos pela ONG Casa do Zezinho. No projeto com a Mundaréu, as mulheres trabalharam o reaproveitamento de resíduos para a criação de objetos. Os principais produtos foram feitos com folhas de papel de outdoor reaproveitadas. Foram criadas peças, como tigelas e centros de mesas. Com a utilização de hashis de bambu, foram criados cortinas e jogos americanos. Retalhos de tecidos doados também eram aproveitados na criação de almofadas e outros produtos para casa. A habilidade para selecionar e compor cores, formas e estampas foi desenvolvida com exercícios práticos e estimulada em visitas a exposições de arte especialmente programadas para o grupo. Veja mais fotos do projeto: |
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CISM – Centro de Integração Social da Mulher – São Paulo, SPO trabalho foi dirigido a um grupo de mulheres que atuavam na prostituição no Jardim da Luz, todas de baixa renda, algumas com filhos, outras em situação de risco social mais agravado. O objetivo foi criar uma alternativa de sobrevivência para que essa população pudesse escolher entre a atividade que já desenvolvia e outra nova e livre de preconceitos. Além disso, algumas delas se sentiam muito fragilizadas, com a perspectiva do envelhecimento, que na maioria das vezes, as colocavam diante da ausência de meios de subsistência. Essas características do grupo imprimiram um diferencial em relação aos outros acompanhados pela Mundaréu, na medida em que as integrantes exercem outra atividade remunerada. O aprendizado de uma habilidade como a costura era visto como alternativa, o que significava a saída da rua. Foi um trabalho muito difícil e cheio de desafios, especialmente porque poucas delas tinham habilidades manuais e relutavam em se submeter a uma rotina de trabalho, onde os ganhos não eram imediatos. Além disso, o processo de capacitação teve que ser adaptado à disponibilidade de tempo das mulheres. |
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Cultura de Periferia – São Paulo, SPEm 2005 a Mundaréu fez uma parceria com a Ação Educativa para a realização de oficina de criação de produtos, partindo da técnica que o grupo dominava: confecção de papéis artesanais, feitos principalmente com reaproveitamento de aparas. O projeto tinha como premissa desenvolver um trabalho voltado para a identidade visual africana, em função do interesse do grupo, por sua origem e pelos estudos realizados a respeito dessa cultura. Foram trabalhadas referências – livros, imagens, objetos – sobre a cultura e a arte africana. A partir dessas referências, o grupo experimentou novas formas de transformar o papel, utilizando combinações de cores, recortes, tramas. Foi criada uma coleção de produtos de papelaria: cadernos, porta-lápis, marcadores de livro, pastas, envelopes. Veja mais fotos do projeto: |
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Gente Jóia – São Paulo, SP
O Gente Jóia foi formado por jovens que participavam de um programa de inclusão sócio-econômica de uma ONG criada pelo jornalista Gilberto Nascimento. Fazia parte desse programa a aprendizagem da joalheria, com técnicas de trabalho em ouro, prata, cobre e outros metais. A parceria com a Mundaréu se deu com o objetivo de utilizar a experiência dos jovens para ampliar sua linha de objetos. Foram criados produtos para o nicho de brindes corporativos. São chaveiros e marcadores de páginas feitos a partir de desenhos feitos pelos próprios jovens. Veja mais fotos do projetos: |
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