O trabalho foi dirigido a um grupo de mulheres que atuavam na prostituição no Jardim da Luz, todas de baixa renda, algumas com filhos, outras em situação de risco social mais agravado. O objetivo foi criar uma alternativa de sobrevivência para que essa população pudesse escolher entre a atividade que já desenvolvia e outra nova e livre de preconceitos. Além disso, algumas delas se sentiam muito fragilizadas, com a perspectiva do envelhecimento, que na maioria das vezes, as colocavam diante da ausência de meios de subsistência.

Essas características do grupo imprimiram um diferencial em relação aos outros acompanhados pela Mundaréu, na medida em que as integrantes exercem outra atividade remunerada. O aprendizado de uma habilidade como a costura era visto como alternativa, o que significava a saída da rua.

Foi um trabalho muito difícil e cheio de desafios, especialmente porque poucas delas tinham habilidades manuais e relutavam em se submeter a uma rotina de trabalho, onde os ganhos não eram imediatos. Além disso, o processo de capacitação teve que ser adaptado à disponibilidade de tempo das mulheres.

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