Os dados apresentados são fruto de uma pesquisa realizada pelo IFAT, atual WFTO, entre 2004 e 2005, em 25 países europeus [1]. Os produtos do comércio justo são oferecidos em cerca de 79000 pontos de venda em toda a Europa. São produtos da África, Ásia e América Latina, e em sua maioria (70%), de supermercados. As lojas especializadas em fair trade estão nos seguintes países:
O artesanato no mercado externo: Algumas organizações têm expressado sua preocupação com relação à estagnação e mesmo a diminuição das vendas de artesanato. Informações de especialistas do setor afirmam que artesanato e decoração teriam chegado ao seu limite de mercado. A produção atual se dá através de produção espontânea, sem desenvolvimento direcionado, e limitado ao público das world shops.Há necessidade de mudança estratégica no ramo do artesanato. Um informativo da Iniciativa Nacional da Holanda faz sugestões nesse sentido, indicando a necessidade de maior variedade de produtos, quantidade maior de produtos adaptados à demanda e de produtos originais. Este é o direcionamento para todo o setor de artesanato e objetos de decoração, não somente no segmento de Fair trade. Uma pesquisa do CBI – Centre for Imports from Developing Countries, na Holanda, aponta também na mesma direção e sugere dois segmentos de mercado em que, produtores de objetos de decoração e presentes de países em desenvolvimento, poderão competir:
O primeiro segmento é significativamente menor, mas há um aumento na busca de objetivos únicos e com um toque emocional e pessoal, para o qual os consumidores europeus estão dispostos a pagar mais caro. No entanto, a maioria não dá importância à origem dos produtos e, por isso, muitos são copiados, sendo muito mais baratos na China, com exceção das world shops. Para o segmento de artesanato é importante sair dos limites das world shops e se posicionar no mercado convencional, por força de diferenciais como, design, caráter étnico e qualidade. É importante observar que o consumidor é um parceiro fundamental do comércio justo. Sua consciência sobre os diferencias dos produtos e sobre o seu poder na hora da escolha faz com que o trabalho com os consumidores tenha fundamental importância no sucesso do fair trade.
[1] Fair Trade in Europe 2005- facts and figures on fair trade in 25 European countries. A survey prepared by Jean-Marie Kries and published by FLO, IFAT, NEWS!, and EFTA. |